Nota: Segue-se um excerto elucidativo, retirado de um artigo do sociólogo brasileiro Emir Sader, que descreve a realidade do trabalho precário no Brasil, que é idêntica em toda a América Latina - incluindo a Venezuela apesar dos avanços alcançados no seu combate. O trabalho precário nestes países caracteriza-se por ser clandestino e associado à economia paralela, ou seja, pela inexistência de qualquer vinculo formal (por isso se chama com frequência de "trabalho informal"). A sua quantidade em quase todos estes países supera os 50% da força de trabalho nacional (excepto em países que o combatem como a Venezuela). E em Portugal vamos pelo mesmo caminho em contraste com as políticas pro-trabalhadores da Revolução Bolivariana.
(...)Ao mesmo tempo, o que se propagou como “flexibilização” do mercado de trabalho, na realidade se deu como “precarização”, isto é, como expropriação dos direitos dos trabalhadores, fazendo com que a maioria deles não tenha mais contrato com carteira de trabalho. Não tem segurança de continuidade do emprego, não podem associar-se, não podem apelar à justiça, não tem uma identidade profissional e social. Não são cidadãos, no sentido de que um cidadão é sujeito de direitos e eles não têm direitos na atividade fundamental de suas vidas.
Lutar contra o neoliberalismo e passar a construir um modelo alternativo, posneoliberal, tem centralmente a ver com esses dois fenômenos, estruturais no neoliberalismo: a hegemonia do capital financeiro e a fragmentação e submissão dos trabalhadores à superexploração e à impotência organizativa. É trabalhar contra o capital especulativo e a favor da grande maioria da população – que vive do trabalho – e, através dele, cria as riquezas do país.(...)
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Entretanto em Portugal temos:
- 5 milhões de trabalhadores
- destes 2 milhões são precários
- destes 1 milhão estão a falsos recibos verdes
- 500 mil desempregados
- 117 mil precários na Administração Pública
E como se isso não bastasse:
O Salário Mínimo Nacional vale hoje menos do que quando foi criado em Maio de 1974. Se o valor do salário tivesse, como deveria, acompanhado os valores da inflação hoje seria de 584 euros ao contrário dos actuais 450 euros. Isto é, o valor do salário mínimo deveria ser 30 por cento superior ao actual.
Fonte: A Tacada do Dia (Blog), com informações do MayDay
Informação
Agência Bolivariana de Notícias
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