Quinta-feira, 18 de Junho de 2009

Guevara: incomparável herói das lutas da América Latina

Nota: 14 de Junho de 2009 foi 81º aniversário do guerrilheiro heróico, viva o Comandante Che Guevara! Hasta la victoria siempre!

 

 

Por Imeria Nuñez

 

O pensamento social do chamado “guerrilheiro heróico” segue vigente e presente nas atuais transformações sociais que ocorrem na América Latina. Há quatro décadas de sua morte, florescem as sementes de seu exemplo de luta, em toda a América morena.

Ernesto Che Guevara, um ser, uma história que influenciou e segue influenciando todo o continente latino-americano, foi assassinado em 9 de Outubro de 1967, um dia depois de haver recebido uma bala na sua perna esquerda, na Quebrada de Yuro, na Bolívia. O Che, um médico, político e guerrilheiro revolucionário argentino-cubano, nasceu em 14 de Junho de 1928, em Rosário, região do sul da Argentina, com um destino de “imortal”, presente até hoje no pensamento e progresso latino-americanos, como guia e exemplo. Guevara, que viveu sua infância e parte de sua adolescência em Córdoba, recriou sua mente já revolucionária sem saber, com textos aventureiros como os do francês Júlio Verne. Logo, desenvolveu outros gostos, pela poesia e filosofia: a primeira, representada por Pablo Neruda, enquanto que a filosofia existencialista, que o apaixonava, estava baseada nas teorias psicológicas de Freud. Che, com um espírito sempre rebelde, fez o curso secundário num momento de processos de mudança na Argentina, no contexto histórico do nascimento do peronismo, corrente política que contaria com gigantesco apoio da classe operária argentina. Em contradição com as suas atitudes e com o futuro que se enunciava, a família de Ernesto era antiperonista declarada.

Durante esta etapa de sua formação, o futuro líder da Revolução Cubana manifestava que “não tive preocupações sociais em minha adolescência, nem participei das lutas políticas ou estudantis da Argentina”, lembrava Che.

AVENTURAS DETERMINANTES
 
Guevara, um férreo antiimperialista, logo, em 1952, realizou a primeira longa viagem pela América Latina, percorrendo quase sua totalidade com seu grande amigo Alberto Granado. A travessia internacional representou um intercâmbio com os setores socais mais relegados e explorados dessa região. Após essa experiência, Che começou a definir suas idéias e sentimentos em relação às enormes desigualdades sociais latino-americanas, assim como o papel que desempenham os Estados Unidos na região. Foi assim que passou a apresentar as possíveis soluções para esta realidade.

Depois, em companhia de Carlos ”Caliça” Ferrer, Ernesto implementou o que seria a sua segunda viagem por este belo continente. Avança, desta vez, em direção ao norte. Em sua passagem pelo México, onde permaneceu pouco mais de dois anos, “revolucionou” sua vida pessoal. Definiu suas idéias políticas, contraiu matrimônio, teve a sua primeira filha e ingressou no Movimento 26 de Julho (M-26-7), que era dirigido pelo comandante Fidel Castro, com a finalidade de criar um grupo guerrilheiro em Cuba que pudesse derrotar o ditador Batista e concretizar, em conseqüência, uma revolução social.

Em 25 de Novembro de 1956, um grupo de 82 guerrilheiros do (M-26-7) marchou rumo a Cuba, no barco Granma, onde se encontravam, entre outros, Raúl Castro e Ernesto Guevara, liderados por Fidel. Após sete dias de travessia, 72 horas após ter-se dirigido à nação caribenha, o grupo foi emboscado pelo exército, em Alegria de Pio. No combate, morreu grande parte dos guerrilheiros e os que sobraram foram detidos e executados. Os sobreviventes se reuniram de novo na Sierra Maestra, em 21 de Dezembro próximo. Na Sierra Maestra, Che atuou como médico e combatente.

Enquanto estava na guerrilha, Che participou da elaboração e definição de leis de suma importância, como a da reforma agrária e a da criação do Instituto Nacional de Reforma Agrária (INRA), agindo como um verdadeiro governo paralelo, supervisionado por Fidel Castro.

O CHE SEMPRE PERMANECE

A visão integracionista e antiimperialista do revolucionário Ernesto Guevara, em sua época, pode ser comparada com as realidades vividas atualmente na América Latina. Exemplo disso é a proposta do presidente venezuelano, Hugo Chávez, da Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), em contraposição à Área de Livre Comércio das Américas, que expande o Tratado de Livre Comércio (TLC) a todos os países da Centro-América, América do Sul e Caribe, exceto Cuba.

Na atualidade, apresenta-se como uma alternativa à construção do socialismo democrático do século XXI, proposto por diversos presidentes sul-americanos. Uma mudança, uma visão diferente em relação ao bem-estar e melhora da vida dos povos, relegados por tantos anos.

Em relação à atualidade, as idéias de Che se vêem refletidas no que ele mesmo manifestou na Conferência do Uruguai, que representa ainda o grande desafio que devemos enfrentar: “participamos desta Conferência para que os povos marchem em direção a um futuro feliz, de progresso harmônico, ou que se transformem em apêndices do imperialismo na preparação de uma nova terrível guerra ou, se não isso, que derramem sangue em lutas internas, quando povos cansados de esperar, cansados de serem enganados, recorram ao caminho que Cuba seguiu ...”

UMA MORTE QUE NÃO É O FIM

Como parte de sua luta pela libertação dos povos do mundo, Guevara se dirigiu para a Bolívia, onde, depois de longos meses de infrutífero trabalho para construir uma frente guerrilheira, encontrou a morte. Durante uma batalha, na Bolívia, Ernesto Guevara foi ferido a bala em sua perna esquerda, foi feito prisioneiro junto com Simeón Cuba (Willy) e levado para La Higuera, onde foram encarcerados numa escola, em salas separadas. Neste mesmo lugar, colocaram os cadáveres de seus companheiros revolucionários já mortos.

Em nove de Outubro de 1967, pela manhã, o governo boliviano anunciou que Che havia morrido em combate no dia anterior. Pouco depois, o presidente Barrientos deu a ordem de executar Che Guevara. Entretanto, existem dúvidas e versões encontradas sobre o nível de apoio que a decisão teve por parte dos Estados Unidos, embora esteja registrado que a CIA estava presente no lugar.


A fusão de antiimperialismo, marxismo e comunismo, como elementos básicos, formam o pensamento de um revolucionário que segue vivo em muitas nações sul-americanas. Atualmente, apresenta um caminho a seguir, uma visão exemplar de reflexão, luta e revolução.

 

Fonte: Comité Bolivariano de São Paulo

 

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Jóvenes rusos recuerdan a Che y los Cinco

Exposición El Che y el Camino del Inca

Una fábrica cómo lo soñó el Che

 

Algumas músicas em honra de Che (as 3 primeiras são de Silvio Rodriguez e a última é o hino do Exército Rebelde, a guerrilha cubana):

 

 

 

publicado por Rojo às 20:00
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De mugabe a 19 de Junho de 2009 às 03:28
EL CHE viverá...para sempre !!

Abraço
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De
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