Resultados da propriedade estatal
A nacionalização de 200 empresas ligadas ao sector petrolífero permitiu à Venezuela incrementar a produção de hidrocarbonetos, criar postos de trabalho e aumentar os dividendos arrecadados pelo Estado.
Durante mais uma edição do programa semanal «Alô Presidente», realizado num complexo fabril ligado ao sector da extracção de petróleo e gás natural, no Estado de Anzoátegui, Hugo Chávez sublinhou que, há três anos, quando as unidades a operarem na Faixa Petrolífera ainda estavam nas mãos de companhias privadas nacionais e estrangeiras, os venezuelanos não podiam manejar os seus recursos naturais de forma soberana. Em resultado disso, as orientações implementadas no sector dos hidrocarbonetos não estavam afectas a uma política patriótica no interesse do povo e do desenvolvimento do país, mas a uma política ao serviço da maximização do lucro do capital.
Desde então, e fruto da nacionalização de duas centenas de empresas, não só cresceram a produção e o total de dividendos arrecadados directa e indirectamente (por via fiscal) pelo Estado venezuelano, como foram investidos avultados montantes na modernização técnica das infra-estruturas, como, ainda, foram criados cerca de 6 mil novos postos de trabalho e assegurados aos trabalhadores salários justos, direitos e regalias, lembrou Chávez.
O máximo responsável pelo executivo bolivariano aproveitou ainda a ocasião para demonstrar confiança na capacidade dos trabalhadores em participarem activamente na gestão das empresas recuperadas. «Aqui estamos a provar que o povo venezuelano tem capacidade de gerir os seus próprios recursos, mesmo que a burguesia apátrida diga que é a única capaz de orientar a economia, o dólar, os bancos, as fábricas de alimentos, a agricultura, a indústria petrolífera, etc.», insistiu.
Recorde-se que do total de empresas do sector petrolífero transformadas em propriedade nacional, 33 são de petróleo e gás natural, 82 são de serviços e operações de apoio, 6 são de fabricação de estruturas e material industrial, e outras 79 estão relacionadas com serviços públicos prestados.
Dispostos a intervir
Paralelamente às declarações do presidente da Venezuela, um estudo divulgado pelo Grupo de Investigação Social (GIS XXI) afirma que 78,5 por cento dos venezuelanos concorda com a participação dos trabalhadores na gestão das empresas, uma vez que está provado que tal melhora a sua eficiência.
A pesquisa do GIS XXI, conduzida durante o mês de Maio, revela, no entanto, uma diferença de opinião quando considerados os estratos mais abastados da sociedade – 64 por cento estão de acordo com a medida – e as camadas populares, onde mais de 80 por cento defende a implementação de mecanismos de participação dos trabalhadores.
Ao documento elaborado pela GIS XXI, acresce um outro semelhante elaborado pela Iberobarometro no mesmo período, no qual 62 por cento dos inquiridos afirma que o país está a ser governada de acordo com a vontade do povo.
Bancos de comunas socialistas
Governo financia
Realizou-se, a semana passada, a cerimónia de entrega de mais de 98 milhões de bolívares fortes a 52 instituições bancárias comunais. O objectivo das entidades recentemente criadas, dizem, é financiar projectos e investimentos levados a cabo pelas camadas mais baixas da população.
«Este dinheiro é do povo, é parte da receita nacional, petrolífera e não petrolífera, que antes era arrecadada pela burguesia», disse Hugo Chávez durante a sessão oficial.
Texto publicado no jornal Avante! no dia 17 de Junho de 2010
Informação
Agência Bolivariana de Notícias
Solidariedade Internacional
Tirem as Mãos da Venezuela (Brasil)
Manos Fuera de Venezuela (Espanha)
Pas Touche Au Venezuela (França)
Giù Le Mani Dal Venezuela (Itália)
Pas Touche Au Venezuela (Bélgica)
Häende weg von Venezuela (Suíça)
Hände weg von Venezuela (Alemanha)
Handut Irti Venezuelasta (Finlândia)
Hands off Venezuela Sverige (Suécia)
Manos Fuera de Venezuela (Argentina)
Manos Fuera de Venezuela (México)