No Estado Espanhol, é num ambiente de profundo surrealismo, um mundo do absurdo, que os apoios populares às independências continuam a crescer entre os catalães e os bascos face à repressão cega e truculenta da monarquia herdeira do franquismo, numa mal chamada "democracia" burguesa. Enquanto os antifascistas que combateram o fascismo franquista são tratados como terroristas, o futebol (graças ao recente mundial) é usado como arma de fanatismo de extrema-direita contra as amplas multidões e a maioria da cidadania que recusa a prepotência e política repressiva do nacionalismo espanhol dos governos PP$OE. Noutras latitudes, em que sobre o descontentamento das massas com a aristocracia-oligarquia madrilena, as nações da Galiza e da Andaluzia vêem se severamente afectadas pela crise capitalista, com uma dura factura de desemprego e empobrecimento passada aos trabalhadores.

E só num ambiente de profundo desnorte da oligarquia espanhola se pode ver as tentativas da direita espanhola PP$OE (e sócios regionais) de proibir o uso burka. Uma medida que ataca um costume sem nenhuma expressão no Estado Espanhol nas suas comunidades islâmicas. O vociferar deste proibicionismo não é mais que o uso da carta do racismo para dividir os trabalhadores. O facto de a oligarquia o fazer desta forma ridícula mostra o seu desespero perante uma situação social de crescente revolta, que lhe está a fugir do controle.